Carnaval 2011
Febre dos blocos já contagia o Rio de Janeiro
Agenda de ensaios mobiliza os foliões desde janeiro. Há programas para todos os gostos, seja nos morros ou nas casas de show da Lapa
Rafael Lemos
Ensaio do Bloco das Carmelitas, em Santa Teresa: samba, cerveja e vista do Rio de Janeiro (Domingos Peixoto/Agência O Globo)
Considerado morto no fim do século passado, o carnaval de rua do Rio de Janeiro ressuscitou na última década, chegando ao número recorde de 424 blocos autorizados a desfilar esse ano. Diante da profusão de eventos carnavalescos por todos os cantos da cidade, desde o ano passado, a prefeitura do Rio se viu obrigada a garantir a infraestrutura para os foliões, estabelecendo roteiros, e oferecendo 13.000 banheiros químicos, UTIs móveis e publicação de um guia de blocos bilíngue, com 1 milhão de exemplares. Mas antes mesmo de toda essa parafernália estar funcionando, o alegre carnaval dos blocos já começou. Daqui até o início da folia oficial, é difícil haver um dia sem alguém ensaiando.
Os blocos são a porção mais democrática do carnaval carioca. Há os que fazem parte da história do Rio de Janeiro, como o Cordão da Bola Preta, fundado em 1918, e os recém-nascidos, como o Exalta Rei - que se concentra na praia da Urca e "desfila" até a calçada em frente ao prédio onde mora Roberto Carlos - poucos metros adiante. Há os que marcaram época e continuam arrastando multidões, como a Banda de Ipanema, dos anos 1970, o Simpatia é Quase Amor e o Suvaco do Cristo, da década seguinte. Entre os responsáveis pelo renascimento do carnaval de rua, destacam-se o Cordão do Boitatá e o Céu na Terra. E há aqueles que são apenas engraçados e divertidos - que nem ensaiam, porque não precisam. Caso do Concentra mas não sai, um dos muitos nomes engraçados de um carnaval que tem também o Vem Nimim que sou Facinha, o Cachorro Cansado, o Meu Bem eu Volto Já.
Simpatia é Quase Amor no carnaval de 2010: desfile reuniu 50 mil pessoas em Ipanema
Para sair em qualquer um deles, não é preciso pagar nada, nem comprar fantasia. Mas recomenda-se ficar de olho nas camisetas oficiais. O Simpatia é Quase Amor, por exemplo, já teve camisetas assinadas por Carlos Scliar, Vik Muniz e Rubens Gerchman, entre muitos outros desde sua fundação, em 1985. Elas estão à venda nos ensaios que lotam a agenda dos amantes do carnaval.
A democracia dos blocos estende-se aos ensaios. Eles acontecem em favelas e casas de show, e também na rua, sempre com um botequim que serve de âncora para os foliões. Todos são cheios e encalorados, porém divertidos. Em todos os fins de semana de fevereiro, a partir das 18h, a Orquestra Popular Céu na Terra - ligada ao bloco de mesmo nome - se apresenta na área externa do Centro Cultural Banco do Brasil. Neste sábado, os ritmos escolhidos são marcha-rancho e maxixe, com o convidado Edu Kriger. No domingo, é a vez das marchinhas, com participação de João Roberto Kelly, maior compositor do gênero e que comemora 50 anos de carreira.
Outra opção para este fim de semana é a roda de samba promovida pelo pessoal do bloco Spanta Neném no Morro Santa Marta, em Botafogo. A favela se tornou uma das favoritas dos turistas após a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A festa acontece na quadra da escola de samba local, a Mocidade Unida do Santa Marta.
E o clima de festa continua durante a semana. Na terça-feira, acontece o lançamento do CD do 6º Concurso Nacional de Marchinhas, na Parada da Lapa. Por um ingresso de 10 reais, o folião leva um exemplar do disco, e ainda curte o show da Banda Fundição, com as participações especiais de Eduardo Dussek e Serjão Loroza.
No mesmo dia, acontece a primeira etapa da escolha do samba do bloco Imprensa que eu Gamo (bloco de jornalistas, claro), a partir das 20h, na sede do Cordão do Bola Preta, no Centro. O evento também marca o lançamento da camiseta do bloco para o Caranaval 2011.
Na quinta-feira, é a vez do Simpatia é Quase Amor ensaiar na casa Parada da Lapa. O bloco, que desfila em Ipanema, arrastou 50 mil pessoas no carnaval passado, e é um dos preferidos dos jovens em busca de beijos na boca. Outro bloco com esse perfil é o Suvaco de Cristo, que ensaia no Teatro Odisséia, também na Lapa, todas as sexta-feiras, a partir das 22h.
Outra opção para este fim de semana é a roda de samba promovida pelo pessoal do bloco Spanta Neném no Morro Santa Marta, em Botafogo. A favela se tornou uma das favoritas dos turistas após a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A festa acontece na quadra da escola de samba local, a Mocidade Unida do Santa Marta.
E o clima de festa continua durante a semana. Na terça-feira, acontece o lançamento do CD do 6º Concurso Nacional de Marchinhas, na Parada da Lapa. Por um ingresso de 10 reais, o folião leva um exemplar do disco, e ainda curte o show da Banda Fundição, com as participações especiais de Eduardo Dussek e Serjão Loroza.
No mesmo dia, acontece a primeira etapa da escolha do samba do bloco Imprensa que eu Gamo (bloco de jornalistas, claro), a partir das 20h, na sede do Cordão do Bola Preta, no Centro. O evento também marca o lançamento da camiseta do bloco para o Caranaval 2011.
Na quinta-feira, é a vez do Simpatia é Quase Amor ensaiar na casa Parada da Lapa. O bloco, que desfila em Ipanema, arrastou 50 mil pessoas no carnaval passado, e é um dos preferidos dos jovens em busca de beijos na boca. Outro bloco com esse perfil é o Suvaco de Cristo, que ensaia no Teatro Odisséia, também na Lapa, todas as sexta-feiras, a partir das 22h.
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